Bumba na Fofinha, Wuant, Guilherme Duarte, A Pipoca Mais Doce: sabes quem são ou, pelo menos, sabes que já ouviste os nomes deles alguma vez. O marketing de influencers converteu-se numa parte fundamental do arsenal da publicidade contemporânea.
A ideia é mudar a perceção das marcas associando a imagem que o influencer tem à da empresa. Na seguinte publicação vamos explorar tudo sobre o marketing de influencers: desde a sua definição e importância até métodos de trabalho, passando pelas limitações desta abordagem.
· O que é o marketing de influencers e qual a sua importância
O marketing de influencers é uma estratégia que se baseia na associação a líderes de opinião para que estes promovam um produto ou serviço. Esta abordagem tem como base a credibilidade, notoriedade e, como o próprio nome indica, influência que estas pessoas têm sobre a sua audiência.
Precisamente, esta ação já era conhecida como “star strategy” no mundo do marketing, com a diferença de que neste caso é usado um determinado perfil, que é o do influencer. Efetivamente, há um crescimento significativo do mesmo, tal como revelado pela pesquisa “Influencer marketing Hub”.
Os diferentes tipos de influencers e como trabalhar com eles
O mundo dos influencers é muito variado, oferecendo muitas oportunidades. No entanto, nem todos contam com a mesma reputação nem oferecem as mesmas possibilidades. Por isso, vejamos as diferentes categorias:
· Nanoinfluencers (de 1000 a 10 000 seguidores): um público relativamente pequeno, mas isto permite que estejam mais próximos da sua comunidade. O seu conteúdo é muito autêntico e com uma taxa de participação elevada.
· Microinfluencers (de 10 000 a 100 000 seguidores): público maior, mas mantendo um alto nível de participação. Especializam-se frequentemente em nichos, pelo que são perfeitos para campanhas direcionadas.
· Macroinfluencers (mais de 100 000 seguidores): um público extenso que permite chegar a uma grande quantidade de utilizadores. São ideais para campanhas a larga escala.
· Celebridades: futebolistas, atores de Hollywood, cantores conhecidos a nível mundial… Isto requer um investimento considerável, mas o retorno pode ser elevadíssimo. Há que ponderar muito bem os prós e contras antes de se comprometer.
Neste gráfico elaborado a partir do estudo do Influencer Marketing Hub, torna-se aparente que 39% dos inquiridos tem uma preferência marcada pelos nanoinfluencers como sócios preferidos para colaborar. Isto diz-nos que há um maior interesse em campanhas de menor alcance e custo.
Como colaborar eficazmente com eles
1. Identificar os influencers relevantes: isto é, usar as redes sociais para encontrar o perfil que possa ser do seu interesse, não só pela quantidade de seguidores mas também por como é que estes são e que grau de participação é que têm. Além disso, há plataformas especializadas na procura dos mesmos como: Findly, Favikon, Stellar ou Socialbakers.
2. Estabelecer uma relação sincera: havendo a possibilidade, se em vez de iniciar a colaboração com um e-mail frio a perguntar quais as condições, for possível segui-los e interagir com eles de alguma forma para, além do mais, familiarizar-se com o estilo de comunicação deles, isso seria ideal.
3. Definir objetivos e orçamentos: convém definir claramente os seus objetivos. Reconhecimento de marca? Promoção de um novo produto? Rebranding? Assim que souber o que pretende conseguir e quem será a pessoa adequada para tal, atribua um orçamento tendo em conta os honorários do influencer.
4. Implementar a estratégia: conteúdo patrocinado, códigos promocionais, posicionamento do produto, eventos… Há muitas opções: contrate a pessoa que represente o melhor caminho de ação e, sobretudo, tenha em conta qual será a melhor plataforma para que o faça (Youtube, Instagram, TikTok, Twitch…)
5. Estudar resultados: e, como em qualquer ação publicitária, tem de avaliar o impacto da mesma. Leve algum tempo para tratar os dados (não só os seus mas os que lhe forem facultados), examine-os e determine possíveis áreas de melhoria para futuras campanhas.
· Exemplo de uma campanha de marketing de influencers bem-sucedida
Léna Situation, embaixadora da Adidas
A Adidas escolheu a Léna Situations (macroinfluencer) como embaixadora para 2021. Foi apresentada a nível internacional na campanha #StepIntoYou, com uma estética que lembrava os anos 2000. Ao longo do ano, a Léna contribuiu na seleção de produtos da Adidas para o seu site. Porém, o momento em que mais se destacou foi a conquista do Kilimanjaro com o seu companheiro Seb La Frite, ambos equipados com Adidas. Esta experiência foi partilhada num vídeo do Youtube que atraiu cerca de 3 milhões de visitas.
Daniel Wellington com os seus relógios de luxo
A famosa marca de relógios Daniel Wellington, em vez de recorrer à publicidade tradicional, decidiu optar por colaborações com pessoas influentes nas redes sociais, como Kendall Jenner. Esta campanha teve um resultado extremamente eficaz, demonstrando o alcance e o poder desta classe de estratégias. Os consumidores juntaram-se em massa a esta iniciativa, partilhando mais de 1.5 milhões de publicações com o hashtag #danielwellington e gerando mais de 3,2 milhões de seguidores novos para a marca.
Uma padaria local que deseja aumentar o número de visitantes
Terminemos com uma estratégia mais teórica a nível local. Uma padaria familiar sonha em aumentar a sua visibilidade com um influencer da zona, como por exemplo um blogger ou um Instagrammer que dê a sua opinião sobre locais ou semelhante. Em troca de degustar alguns produtos, este criará conteúdo (fotos e vídeos, principalmente) que partilhará nas redes, marcando a padaria.
· As limitações do marketing de influencers na comunicação
O marketing de influencers representa uma grande oportunidade mas, tal como ocorre com as restantes ações publicitárias, tem limitações.
Para começar, um dos maiores desafios pode ser o alto custo que costuma implicar, sobretudo se estivermos no território dos macroinfluencers, fazendo com que esta estratégia seja inacessível para muitas empresas.
Além disso, ao contrário da publicidade segmentada como por exemplo a do Google Ads, a sua eficácia é mais complicada de medir já que, apesar de lhe apresentarem um grande número de visualizações do conteúdo gerado, este pode ter uma conversão muito baixa, um dado que não será possível monitorizar.
Por último, a reputação do influencer acompanhará a da marca, pelo que qualquer polémica gerada pelo mesmo afetará negativamente a empresa. Aliado ao anterior, é importante que a pessoa aprecie o produto já que, se fizer um vídeo qualquer, não souber utilizar o artigo ou o seu discurso não for credível, o público notará isso e dará a impressão de que ela se preocupa mais com a remuneração do que em mostrar ao seu público algo de que gosta verdadeiramente.
Alguma vez recorreu a influencers para promover a sua empresa ou produto? Qual a sua opinião em relação a este tipo de publicidade? Pode deixar os seus comentários na secção inferior da publicação!